Muitos deles tem tido que voltar à Venezuela, e uma boa parte deles a pé, andando mais de 600 km, como podem ver no vídeo abaixo, do portal Euronews (2).
Neste trabalho do portal Euronews eles comentam que o caminho da Colômbia até a Venezuela é muito duro, os caminhantes vão ter de subir desníveis de mais de 3000 metros, mal calçados, e passando por regiões onde o clima é muito frio, sem contar com as roupas necessárias para se abrigar bem. Nem as crianças são poupadas. Segundo informações do Jornal "El Estimulo", as temperaturas podem oscilar entre 0 e 13 graus e que no ponto mais frio, o Páramo de Berlim, existe risco real de hipotermia se não se tem as roupas e indumentárias adequadas (3).
Graças a Deus, sempre aparecem bons samaritanos que os auxiliam, como viram no vídeo. Orlando Beltrán, da ONG "El banquete del Bronx", dá de comer e beber todos os dias aos migrantes, que vêm não só da Venezuela, como também do Chile, do Peru e do Equador: "O maior perigo que correm é o coronavírus, porque fazem tudo muito juntos, como uma grande tribo. Comem juntos, falam muito diretamente uns com os outros. O inimigo número um é o coronavírus e o inimigo número dois é a "coronafome". A "coronafome" é algo horrível que lhes está a acontecer nestas estradas", diz.
Um bilhete para um ônibus improvisado pode custar uns 170 reais, algo que estes homens e mulheres não podem pagar.
A fronteira entre a Colômbia e a Venezuela está oficialmente fechada, mas as autoridades permitem o regresso destes migrantes. Bogotá e o governo de Nicolás Maduro cortaram as relações diplomáticas no ano passado, quando o presidente da Colômbia, Iván Duque, reconheceu Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.
Graças a Deus, sempre aparecem bons samaritanos que os auxiliam, como viram no vídeo. Orlando Beltrán, da ONG "El banquete del Bronx", dá de comer e beber todos os dias aos migrantes, que vêm não só da Venezuela, como também do Chile, do Peru e do Equador: "O maior perigo que correm é o coronavírus, porque fazem tudo muito juntos, como uma grande tribo. Comem juntos, falam muito diretamente uns com os outros. O inimigo número um é o coronavírus e o inimigo número dois é a "coronafome". A "coronafome" é algo horrível que lhes está a acontecer nestas estradas", diz.
Um bilhete para um ônibus improvisado pode custar uns 170 reais, algo que estes homens e mulheres não podem pagar.
A fronteira entre a Colômbia e a Venezuela está oficialmente fechada, mas as autoridades permitem o regresso destes migrantes. Bogotá e o governo de Nicolás Maduro cortaram as relações diplomáticas no ano passado, quando o presidente da Colômbia, Iván Duque, reconheceu Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.
Em abril de 2020, o Governo do Ivan Duque, Presidente da Colômbia, estimava que mais de 33 mil migrantes venezuelanos que moravam em Colômbia tiveram que retornar à Venezuela devido à crise do coronavirus. A Ministra de Interior, Alicia Arango, numa sessão virtual da Cámara de Representantes, informou que mais de 33 mil venezuelanos tinham voltado depois do fechamento da fronteira (4).
Infelizmente, além do desafio do caminho de volta, os migrantes retornados chegam na Venezuela para ficar pressos e estão sofrendo uma forte discriminação, tendo sido qualificados inclusive de "armas biológicas" numa clara violação dos direitos humanos.
Esta situação foi denunciada pelo Tomás Guanipa, embaixador do líder opositor e Presidente Interino da Venezuela, Juan Guaidó, na Colombia, quem informou que o Nicolás Maduro estava violentando os direitos humanos dos venezuelanos que tentavam ingressar ao país, lhes sometendo a ficar numa especie de "campos de concentração onde não tem garantia dos seus direitos fundamentais"
O Tomás ainda informou que tinham "os nossos compatriotas amontoados, dormindo no chão, sem nenhum tipo de medida sanitária, tudo para montar um show político e desta forma alimentar a propaganda oficial" (5).
Reforço que conheço de casos que vivenciaram esta situação de ficar pressos nesta quarentena improvisada do governo, onde não tem nenhum cuidado com as pessoas e se a pessoa não era portadora do vírus, o risco de contaminação é alto.
Estes venezuelanos voltam à Venezuela, considerando que lá pelo menos tem casa e não tem que pagar aluguel e serviços, mas chegando lá, terão que se enfrentar a uma situação caótica que combina:
- hiperinflação (que está fazendo cada vez mais difícil a supervivência),
- crise de gasolina (afetando seriamente a mobilidade dentro do país),
- apagões frequentes,
- entre muitas outras dificuldades.
Deixo por aqui o link dos meus posts anteriores sobre a crise da gasolina e da eletricidade:
Fontes:
A crise da Venezuela mudou a vida do seu povo. Por um lado, a falta das coisas mais básicas como os alimentos, da água, da energia elétrica, dos remédios e mais recentemente a falta do combustível tem destruído a qualidade de vida de um povo que viveu os melhores anos de riqueza de um pais. É inacreditável que a porra do governo socialista tenha acabado com tanta riqueza. Por outro, a diáspora gerou um povo mais fortalecido que agora assume grandes desafios e compromissos e que luta incessantemente contra preconceitos, discriminações, intolerâncias, julgamentos e ressentimentos dos povos que tem lhes acolhido, entre aspas.
ResponderExcluirde 2020 14:02
ResponderExcluirA crise da Venezuela mudou a vida do seu povo. Por um lado, a falta das coisas mais básicas como os alimentos, da água, da energia elétrica, dos remédios e mais recentemente a falta do combustível tem destruído a qualidade de vida de um povo que viveu os melhores anos de riqueza de um pais. É inacreditável que a porra do governo socialista tenha acabado com tanta riqueza. Por outro, a diáspora gerou um povo mais fortalecido que agora assume grandes desafios e compromissos e que luta incessantemente contra preconceitos, discriminações, intolerâncias, julgamentos e ressentimentos dos povos que tem lhes acolhido, entre aspas.