Se é a primeira vez que você passa por este espaço, tal vez não faça a menor ideia do que é uma arepa, neste primeiro artigo eu fiz uma introdução sobre elas e conto que estão presentes no mundo inteiro por conta da grande migração de venezuelanos, espalhados pelo mundo.
Elas já foram catalogadas como o "melhor café da manhã do mundo" como podem ver neste artigo do portal Thrillist e são citadas como referência dos pratos típicos na América do Sul.
Hoje vou falar um pouco mais sobre a história delas, com base no artigo da Liliana Martinez Polo, no jornal El Tiempo.
Existe uma grande disputa sobre sua origem entre Colômbia e Venezuela. Mas foram os venezuelanos que propuseram a celebração do Dia Mundial das Arepas, no segundo sábado de setembro (ou seja, hoje).
Há visões que incluem na família das arepas até as tortilhas da América Central e do Norte. A indicação é do chef e professor Carlos Gaviria Arbeláez, autor do livro Arepas Colombianas. Diz que as diferentes culturas tiveram um elemento fundamental que serve de acompanhamento básico: na Europa, o pão; o arroz na Ásia... na América eram essas massas de milho, às vezes mais grossas, muitas em forma de disco, às vezes recheadas ou feitas para acompanhar outros alimentos principais.
“Dizemos arepa na Colômbia, e na Venezuela –explica o chef–, no norte se chama tortilha. E o país que mais consome é o México. Aí respeitaram mais o seu lugar de acompanhamento básico ”.
Podemos ver isso em restaurantes mexicanos. A tortilha acompanha tudo. E não é difícil imaginar um passado semelhante de “nossa arepa”. Embora a arepa esteja no dia a dia, talvez ela tenha destaque para se recuperar. Gaviria lembra que há gerações atrás havia um moinho em cada casa, indispensável para moer o milho e preparar as arepas do dia.
Se reporta que em 1960s começou a produção e comercialização de farinha de milho precozida para facilitar a elaboração das arepas.
“A arepa é o legado pré-colombiano de maior significado cultural relacionado ao milho como alimento, que identifica e tipifica os povos rurais e urbanos da Colômbia e da Venezuela”, diz Leonor Espinosa, “respondendo a evocações, a imaginações coletivas, a memórias comuns que produzem sentimentos. relacionadas com a família e a pátria ”.
É uma das primeiras mordidas que mostramos aos estrangeiros, mesmo sem saber, quando chegam. Não importa se o cenário é um restaurante ou feita em casa mesmo.
A oferta é cada vez mais rica e variada. Gaviria colecionou 60 arepas em seu livro, incluindo o "casabe" (feito de mandioca, similar a uma tapioca porém torrada) e aquelas feitas com arroz, mandioca e outros ingredientes diferentes do milho, embora diga que são centenas. E as que chegaram com a migração venezuelana na Colombia se somam. Geralmente são maiores e recheadas tanto que parecem um prato principal. “O mais bonito da arepa venezuelana é que tem a boca aberta, dá para ver todo o recheio, cheinha”, diz Maira García, venezuelana encarregada de um restaurante de comida de seu país em Quindío.
A Liliana comenta que graças aos venezuelanos, a Colômbia conheceu a rainha pepiada (que tem abacate, maionese e frango desfiado entre os ingredientes), a pelúa (com carne desfiada e banana frito) e catira (com frango).
E não é que já tem vídeos de brasileiros fazendo arepas? olha só esse aqui da Chata de Galocha! adorei! rsrs
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